A proibição da família acolhedora como pretensa adotante versus o princípio do melhor interesse da criança e do adolescente

Autores

  • Aluer Baptista Freire Júnior
  • Lorrainne Andrade Batista

Palavras-chave:

Adoção, Cadastro Nacional de Adoção, Família Acolhedora, Prioridade Absoluta, Serviço de Acolhimento

Resumo

O presente artigo busca refletir sobre a proibição de adoção pela família acolhedora e a importância em observar os princípios norteadores do Estatuto da Criança e do Adolescente os quais buscam efetivação do reconhecimento deles como detentores de dignidade, como pessoas humanas os quais fazem jus ao apoio constitucional prioridade absoluta. Por esta vereda, mostra-se imprescindível a análise legal (Estatuto, Projeto de Lei 775/2021 e 3560/2021) cuja base deve estar na Constituição da República Federativa do Brasil.

Referências

Documentação jurídica

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BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei n° 775, de 08 de março de 2021. Dispõe sobre a possibilidade de famílias que se encontram na fila para adoção funcionarem como famílias acolhedoras e dá prioridade destas mesmas famílias para adotar as crianças ou adolescentes que tenham acolhido. Disponível em: <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1972466&filename=PL%20775/2021>. Acesso em: 01 jun. 2023.

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Publicado

2023-07-11

Como Citar

Freire Júnior, A. B., & Batista, L. A. (2023). A proibição da família acolhedora como pretensa adotante versus o princípio do melhor interesse da criança e do adolescente. Revista Vox, (17), 71–94. Recuperado de https://www.fadileste.edu.br/revistavox/index.php/revistavox/article/view/69

Edição

Seção

Dossiê: Explorando temas contemporâneos: reflexões jurídicas